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Vendas de cimento mantêm crescimento em maio, aponta SNIC



De acordo com dados apurados pelo Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o mês de maio seguiu a tendência dos últimos meses e contou com um volume de vendas de 5,5 milhões de toneladas de cimento, o que significa 14% a mais em relação ao mesmo mês de 2020.
O Sindicato destaca que, entre janeiro e maio, houve um aumento de vendas de 19,3% sobre o mesmo período do ano passado. Entretanto, o crescimento acumulado entre janeiro e abril era de 20,8%, indicando uma pequena desaceleração de 1,5 p.p.
Já o volume de vendas por dia útil foi de 237,6 mil toneladas, um incremento de 11,2% em relação a maio de 2020 e praticamente manteve o mesmo desempenho em comparação a abril. No acumulado do ano (jan-maio), dentro deste critério, o crescimento é de 19,4% sobre o mesmo intervalo do ano passado.
Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, observa que esse quadro se deve, principalmente, a uma base de vendas muito fraca no período de janeiro a abril de 2020. “O efeito estatístico que favoreceu os percentuais de crescimento da atividade no primeiro quadrimestre tende, a partir de maio, a impactar negativamente os resultados até o final do ano”, analisa.
Penna explica que os principais indutores continuam sendo as obras imobiliárias - poucas ficaram paralisadas em maio - e as reformas residenciais e comerciais. Mesmo com uma crise que assola diversos segmentos da economia, o mercado imobiliário vive seu melhor momento desde 2014. “A queda da taxa de juros no menor patamar histórico, a simplificação, a desburocratização e novas linhas de crédito tornaram a compra de imóveis mais atrativa”, destaca.
Na contramão do bom desempenho das vendas de cimento no ano, os cortes no orçamento do Governo Federal, principalmente em atividades como infraestrutura e programas habitacionais, a desvalorização cambial, a inflação, o desemprego em alta, a ameaça do aumento da Selic e a perda da massa salarial geram ainda mais incerteza e cautela do setor produtivo e do consumidor brasileiro. "O número de lançamentos aquém do necessário impõe cautela para o futuro, já que os estoques de obras estão diminuindo. É fundamental que haja a diversificação das fontes de demanda do cimento para a sustentabilidade da atividade. Se por um lado temos a continuidade das reformas imobiliárias, a manutenção do ritmo das obras e os recentes leilões de infraestrutura, de outro, os altos índices de desemprego, a indefinição quanto às reformas estruturantes e uma crise hídrica que se aproxima são as grandes ameaças a serem superadas", finaliza Penna.