O Sindicato Nacional da Industria do Cimento (SNIC) acaba de divulgar o desempenho das vendas de cimento em junho. De acordo com os dados apresentados, em relação ao mesmo mês de 2020, as vendas do produto registraram crescimento de 1,7%, o que contribuiu para, no acumulado do ano, o incremento atingir 15,8%.
Na avaliação de Paulo Camillo Penna, presidente do Sindicato, a autoconstrução, reformas (residencial e comercial) ainda em alta e a continuidade de obras do setor imobiliário são as principais razões de demanda do cimento. “Atualmente, esses vetores de consumo respondem por, aproximadamente, 80% da destinação do produto no País”, explica.
O estudo aponta que, no mercado interno, as vendas atingiram, em junho, 5,5 milhões de toneladas. Dessa forma, no primeiro semestre foram comercializadas 31,5 milhões de toneladas. Na análise por dia útil - 236,4 mil toneladas - a pesquisa mostra que há uma diminuição de 0,5% sobre maio deste ano e aumento de 1,5% em relação ao mesmo mês de 2020.
Penna antecipa que a entidade acredita que o setor deve continuar em um bom ritmo de crescimento. Segundo ele, o aumento das vendas de imóveis residenciais em altos patamares sustenta o desempenho do segmento de cimento, mas impõe cautela para o futuro. “É fundamental a continuidade dos lançamentos imobiliários, a manutenção do ritmo das obras, aumento da massa salarial (emprego e renda) e da atividade econômica que manterão o fôlego do auto construtor e a confiança do empreendedor. A infraestrutura continua sendo uma atividade de extrema importância para a indústria do cimento e os resultados dos leilões e concessões ocorridos, principalmente a partir de abril, começarão a ser percebidos em 2022”, finaliza o presidente do SNIC.