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Indústria completa 11 meses consecutivos de alta no emprego, revela CNI



A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou, hoje (02 de agosto), os resultados dos Indicadores Industriais de junho. Segundo a pesquisa, o emprego industrial continuou crescendo no período e já são onze meses consecutivos de alta. No mês, o incremento foi de 0,5%, considerando os dados livres de efeitos sazonais. O acumulado do indicador no primeiro semestre é de 3,3%, o melhor desde 2010, quando o emprego industrial cresceu 4,2% nesse período do ano.
Em junho, a Utilização da Capacidade Instalada (UCI) cresceu novamente, atingiu 82,9%, o que representa dois meses consecutivos de alta e quatro meses de UCI acima de 80%. Esse percentual é o maior valor de UCI desde abril de 2013, antes da crise econômica de 2015-2016.
A pesquisa mostra que, em junho, as horas trabalhadas elevaram-se, em 0,3% sobre maio, interrompendo sequência de quedas observada desde fevereiro. Com isso, no acumulado de 2021, o indicador apresenta retração de 3,4% e supera o registrado antes da crise.
O faturamento da indústria, por outro lado, caiu 0,9%, após alta de 0,7% em maio. Desde o início do ano, o faturamento vem apresentando oscilação, com quedas seguidas de crescimentos em menor magnitude. Com isso, no acumulado no primeiro semestre, o faturamento acumula recuo de 3,5%. Apesar das retrações, o faturamento da indústria se encontra em patamar superior ao registrado antes da pandemia de Covid-19.
A massa salarial, por sua vez, cresceu 1,1% em junho, após queda de 1,0% em maio. Com isso, o acumulado do indicador no primeiro semestre é de 2,5%. Outro item apurado pela pesquisa foi o rendimento médio real, que apresentou retração de 0,9% em junho, após queda de 1,4% em maio e acumula alta de 0,4% no primeiro semestre.
Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, destaca que os indicadores mostram que a indústria encerrou o primeiro semestre com uma atividade forte. “A utilização da capacidade instalada cresceu da passagem de maio para junho, o que vem sendo traduzido em empregos. Já temos 11 meses consecutivos de crescimento nas contratações. Mesmo o faturamento e horas trabalhadas, que têm oscilado bastante, permanecem acima do registrado antes da pandemia”, explica Azevedo.