O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 0,6 ponto em setembro, para 106,4 pontos, segundo mês consecutivo de queda após quatro meses de altas. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,4 ponto.
A pesquisa indica que o resultado do mês é influenciado por uma redução do otimismo considerando as perspectivas para os próximos meses e uma acomodação da satisfação em relação a situação atual. O Índice Situação Atual (ISA) cedeu 0,2 ponto, para 109,2 pontos, menor valor desde agosto de 2020 (98,7 pontos), enquanto o Índice de Expectativas (IE) caiu 1,0 ponto para 103,6 pontos, menor patamar desde maio desse ano (99 pontos).
De acordo com o estudo, entre os quesitos que compõem o ISA, houve piora da situação atual dos negócios cujo indicador retraiu 2,7 pontos, para 103,1 pontos, menor desde agosto de 2020 (99,1). O indicador que mede a demanda total também diminuiu 2,1 pontos para 107,6 pontos, enquanto o nível de estoques subiu 4,1 pontos, para 116,0 pontos, melhor resultado desde março de 2021 (118,2).
O levantamento mostra, ainda, que dos indicadores que integram o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais influenciou na queda do ICI no mês de setembro, ao cair 1,5 ponto para 99,7 pontos, menor nível desde maio (93,1 pontos). A perspectiva para os próximos seis meses também ficou menos otimista, o indicador que mede a tendência dos negócios reduziu 1,2 ponto, para 102,7 pontos. A perspectiva menos otimista para a produção e tendência dos negócios geram ligeira queda nas intenções de contratações com redução de 0,4 ponto no indicador de emprego previsto.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada, por sua vez, subiu 0,5 ponto percentual, para 80,2%, maior valor desde novembro de 2014.