O volume de vendas do comércio varejista no País cresceu 0,6% em novembro, na comparação com outubro (0,2%). Mesmo com o avanço, mais da metade das atividades tiveram resultado negativo no período. Com esse resultado, no ano, o varejo acumula alta de 1,9% e nos últimos doze meses, 1,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada hoje (14 de janeiro) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Cinco das oito atividades pesquisadas tiveram taxas negativas em novembro. Mesmo assim o varejo avançou puxado, principalmente, pelo crescimento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,9%). Também avançaram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,2%). “O que vimos foi uma Black Friday muito menos intensa, em termos de volume de vendas, do que a de 2020, quando esse período de promoções foi melhor, sobretudo para as maiores cadeias do varejo”, analisa Cristiano Santos, gerente da pesquisa.
Segundo ele, isso se deve, em parte, pela inflação, mas também por uma mudança no perfil de consumo, já que algumas compras foram realizadas em outubro ou até mesmo no primeiro semestre, quando houve maior disponibilidade de crédito e o fenômeno dos descontos. Isso adiantou de certa forma a Black Friday para algumas cadeias.
No comércio varejista ampliado, o crescimento de 0,5% no volume de vendas, em novembro, foi influenciado pelas taxas positivas de veículos, motos, partes e peças (0,7%) e material de construção (0,8%), depois dos resultados negativos do mês anterior, -0,4% e -0,8%, respectivamente.
Na comparação com novembro de 2020, no comércio varejista ampliado, o setor de veículos, motos, partes e peças teve alta de 1,7%, enquanto material de construção registrou queda 4,1% no período.