A atividade industrial iniciou 2022 seguindo a tendência de desaceleração do segundo semestre do ano anterior. A informação é da Sondagem Industrial, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, a utilização da capacidade instalada, a produção e o emprego recuaram de dezembro para janeiro. “O resultado do mês é uma continuidade do que já vinha acontecendo. Dificuldades na produção por conta do problema nas cadeias de suprimentos e demanda mais fraca, por conta da incerteza econômica, desocupação ainda elevada e a perda do poder de compra das famílias por conta da inflação”, Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI.
O estudo mostra que o índice de evolução da produção manteve-se em 43,1 pontos, resultado que está abaixo da linha divisória que indica queda ou crescimento da produção. O índice de janeiro é praticamente o mesmo de dezembro de 2021 e reforça a tendência de queda da produção industrial.
O emprego industrial, segundo a pesquisa, também recuou no primeiro mês do ano. O índice de evolução do número de empregados alcançou 48,8 pontos em janeiro, o que representa queda já que o índice ficou abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa queda de alta do emprego.
O levantamento revela, ainda, que as expectativas dos empresários seguem otimistas em fevereiro, mas, assim como em janeiro, o otimismo é relativamente moderado. Todos os resultados seguem acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses. Contudo, todos os índices estão entre os menores para meses de fevereiro dos últimos três anos.