Confiança dos industriais avançou pouco em maio, mostra CNI
Empresários industriais apresentaram pequeno aumento da confiança entre abril e maio, passando de 51,5 pontos para 52,2 pontos. Isso é o que... Leia mais.

Otimismo do consumidor recua após duas altas consecutivas, apura FGV Ibre
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 4,0 p... Leia mais.

Leve alta nos custos
O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre)... Leia mais.

Usuário:
Senha:


Varejo em recuperação


A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) acaba de divulgar o resultado do Termômetro Anamaco de março. De acordo com a pesquisa, feita com exclusividade pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), as vendas no varejo de material de construção estão em recuperação.
O estudo indica que a percepção dos varejistas está em linha com o padrão sazonal típico do comércio, que acelera as vendas no terceiro mês do ano. Dessa forma, as indicações de alta passaram de 17% em fevereiro para 30% em março. No mesmo mês de 2021, o indicador havia sido de 28%. Em sentido inverso, os lojistas que apontaram queda nas vendas passaram de 37% para 24% dos participantes da pesquisa. Há um ano, o mesmo indicador havia sido de 32%.
Com isso, o indicador Anamaco de vendas correntes voltou para o campo positivo: 106 pontos contra 80 pontos em fevereiro (100 denota neutralidade e número abaixo, pessimismo). Vistos em conjunto na comparação com março do ano passado, os dados sugerem um padrão de retomada mais forte em 2022. Há um ano, o contexto era de avanço lento da vacinação e início de uma nova onda de Covid-19. Já em 2022 pode-se dizer que a sazonalidade está voltando aos padrões pré-pandemia, o que cria uma expectativa de que os próximos meses até maio devem ser ainda melhores na visão dos varejistas.
Na análise das lojas por especialidade, o estudo registra otimismo acima da média nacional nos segmentos de pisos e revestimentos (39% de assinalações de crescimento em março), material elétrico (32%) e o varejo generalista (31%). Dentre as menos otimistas destacam-se as lojas de material hidráulico, com apenas 13% de assinalações de alta.
Quando a pesquisa faz um recorte regional, os maiores níveis de otimismo com as vendas de março foram registrados no Centro- Oeste (44% de assinalações) e Norte (42%). No oposto, os menos otimistas foram o Sul (25%) e o Sudeste (27%).
O levantamento mostra, ainda, que outro movimento tipicamente sazonal observado na edição de março do Termômetro foi o leve recuo nas expectativas de vendas para os próximos três meses. As respostas otimistas no mês chegaram a 53% contra 60% em fevereiro.
De acordo com a FGV-IBRE, essa pequena oscilação manteve as assinalações de alta em níveis elevados e não deve ser interpretada como pessimista na visão dos varejistas. Vale notar que o patamar de março (53%) é o mesmo registrado em janeiro. Com isso, o indicador relativo aos próximos meses se manteve firme no campo do otimismo: 145 pontos, bem acima do nível de neutralidade (100 pontos).
Em termos regionais, registraram maior otimismo com relação às vendas nos próximos três meses: Centro-Oeste (68% das assinalações) e o Norte (77%). A região menos otimista foi o Sudeste (46%).
Apesar da melhora no sentimento dos varejistas de material de construção quanto às vendas correntes e às expectativas para os próximos meses, o sentimento com relação às ações futuras do governo apresentou recuo importante. Em março, 49% dos entrevistados estavam otimistas contra 55% em fevereiro. Com isso, a diferença entre as assinalações positivas e negativas caiu de 40 p.p. para 31 p.p. no mesmo período.
Na análise da FGV, a causa mais provável desse movimento se refere à inflação que tem permanecido elevada desde meados do ano passado. A isso se soma a elevação dos juros que tende a aumentar os custos financeiros das empresas e encarecer o crédito para os consumidores.