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Cresce confiança do brasileiro da classe C


O Índice de Confiança do Consumidor Brasileiro, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), elaborado pela PiniOn, mostra que, em junho, a classe C está mais otimista do que antes da pandemia (104 pontos). No mês, o indicador registrou 92 pontos. Essa pontuação representa aumento em relação a maio e elevação de 10,8% sobre o mesmo mês do ano passado. O índice vai de 0 a 200, sendo que menos de 100 o campo é pessimista e mais de 100, otimista.
A esperança de um futuro melhor surge em um momento em que o Banco Central acaba de reajustar a taxa de juros para 13,25%, a 11ª alta consecutiva, com inflação anual acumulada desacelerada, mas ainda em 0,47% (percentual de maio). “O cenário econômico do País afeta a confiança do brasileiro, mas o que mais determina é a situação individual de cada um”, observa Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP.
O economista frisa que, hoje, a maior parte da população da classe C possui ocupação formal ou informal, já está recuperando a renda que perdeu com a pandemia e ainda pode contar com recursos oriundos do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), da antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas e do Auxílio Brasil.
Integram a classe C as pessoas que têm renda familiar entre R$ 1.805,91 e R$ 3.042,47, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, a percepção negativa das famílias em relação às suas situações financeira e de emprego atuais continuam presentes no INC de junho. Do total de entrevistados, 48% consideram estarem mal financeiramente. Sobre o emprego, 32% não se sentem seguros e temem que ele e/ou alguém da família fiquem desempregados.
O estudo revela, ainda, que a percepção negativa em relação à situação financeira atual continua a se refletir na menor disposição a adquirir itens de maior valor, como carro e casa, e bens duráveis, tais quais geladeira e fogão, diminuindo também, em junho, a predisposição a investir no futuro.
O INC mostra que não tem mais do que 32% de brasileiros que se sentem dispostos a comprar um veículo, a mudar de residência ou a comprar algum produto da linha branca.
O questionário foi aplicado em 1.712 pessoas nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.