De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), 23% dos lares na cidade de São Paulo apresentavam algum tipo de dívida em junho. Em maio, o porcentual era de 24,5%. Com a redução, em números absolutos, 923,6 mil famílias seguem inadimplentes na cidade. Apesar da queda mensal, na comparação com o mesmo período do ano passado, o número de lares com contas em atraso mostrou avanço de 19,5%. O estudo mostra que a taxa de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as dívidas atrasadas ficou em 8,8%, recuando em comparação ao mês anterior (quando estava em 9,7%) e se igualando ao observado em junho do ano passado.
A Peic indica, ainda, que 74,1% das famílias (2,97 milhões, em termos absolutos) estavam endividadas em junho. Cartão de crédito (86,5%), carnês (19,4%) e financiamento de carro (14,6%) eram os principais tipos de dívidas que comprometiam o orçamento da população paulistana.
Em junho, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu o maior patamar desde abril de 2020, embora 82,6 pontos ainda esteja abaixo da linha de satisfação (100 pontos). As injeções de recursos na economia - saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) e a antecipação do pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - contribuíram para a sexta elevação consecutiva do ICF.
O levantamento aponta que quase todas as variáveis analisadas neste indicador apontaram alta. O maior movimento ficou por conta da Perspectiva profissional, com crescimento de 6,8%, passando de 106,3 pontos, em maio, para os atuais 113,6. Emprego atual cresceu 4% e alcançou 112,1 pontos. Ambos ficaram acima dos 100 pontos, indicando, portanto, satisfação. Único a apresentar queda, o item Momento para duráveis recuou 0,8%, na comparação mensal e 7,4%, na anual.
fonte: Revista Anamaco