A Confederação Nacional da Indústria (CNI) passou a projetar crescimento de 3,1% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2022. A expectativa anterior, de julho, era de alta de 1,4%. Os dados fazem parte do Informe Conjuntural do terceiro trimestre, que acaba de ser divulgado. A previsão para o PIB industrial é de alta de 2% neste ano, ante previsão anterior de 0,2%.
De acordo com a entidade, a revisão positiva ocorre devido às mudanças de cenário no primeiro semestre, com normalização parcial das cadeias de suprimentos mesmo diante da continuação da guerra Rússia-Ucrânia, dos novos riscos no cenário internacional e das paralisações em cidades na China devido à Covid. “A indústria tem tido sucesso na busca por alternativas para reduzir e contornar o problema da falta de insumos. A produção industrial manteve ritmo de crescimento, ainda que moderado, pela maior parte do ano até o momento”, explica Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
Segundo ele, nesse cenário, a indústria da construção, que já mostrava um desempenho positivo, recebeu novo impulso com a ampliação do Casa Verde e Amarela, programa de financiamento à habitação do Governo Federal, enquanto o setor de Serviços segue em crescimento, impulsionado pela normalização de suas atividades no pós-pandemia, sobretudo aquelas ligadas à mobilidade das pessoas. No caso do setor de Serviços, a projeção passou de alta de 1,8% para alta de 3,8%.
Andrade afirma que é importante que o ritmo de crescimento projetado para 2022 seja mantido nos próximos anos. “O Brasil precisa crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e colocar-se entre os países mais desenvolvidos. Para isso, devemos implementar, com urgência, ações consistentes que incentivem os investimentos e aumentem a competividade e a produtividade das empresas”, observa.
O executivo avalia que é fundamental que as principais pautas avancem no Congresso Nacional, em particular a Reforma Tributária que está em discussão no Senado, a PEC 110. “Estamos seguros de que deputados e senadores continuarão dando as respostas de que o País necessita, mobilizando-se, discutindo, votando e aprovando os projetos adequados, sobretudo a proposta que moderniza o principal gargalo para as empresas do Brasil, que é o nosso sistema tributário”, finaliza.