A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) divulga hoje, 13 de outubro, a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo revela que, em setembro, o faturamento deflacionado das indústrias de material de construção registrou queda de 0,7% em comparação com agosto. O recuo também foi sentido na comparação com setembro de 2021, com retração de 3,9%. Com esse resultado, o faturamento fica 7,6% abaixo do verificado no mesmo período do ano passado.
Como ocorre em todo último trimestre, a projeção de faturamento deflacionado, feita no início do ano pela FGV, é revisada, neste caso passando a apontar uma queda de 2,2% em relação a 2021.
Rodrigo Navarro, presidente da Abramat, explica que são vários os fatores que contribuíram para esta revisão para baixo. “A combinação de inflação alta, chegando a 7,17% em 12 meses, e taxa de juros também elevada, impactaram de forma expressiva o consumo das famílias, o que está se refletindo diretamente sobre as vendas no varejo”, destaca.
Segundo ele, outro fator foi a formação de estoques mais elevados, como uma maneira de proteção à falta de alguns produtos/insumos e aumentos de preços, consequência de externalidades ocorridas sobre as cadeias produtivas no Brasil e no mundo. “Por outro lado, a pretensão de investimentos continua em níveis iguais ou maiores que aqueles pré-pandemia, indicando que esperamos um 2023 positivo, enquanto aguardamos os números finais de 2022”, finaliza.