Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência, revelam que a indústria da construção reduziu o ritmo de criação de novos empregos, ao abrir 31.166 postos de trabalho com carteira assinada em setembro, o que representa um aumento de 1,22% sobre o total do contingente empregado em agosto, mês em que criou 35.152 empregos. Em julho, foram 32.082 vagas com carteira assinada; em junho, foram 30.257; em maio, 35.445; em abril, 25.341; em março, 25.059 empregos; em fevereiro, 39.453, e em janeiro, 36.809.
Com isso, no acumulado de 2022, o setor empregou mais 283.566 trabalhadores, uma elevação de 12,29% na comparação com o número empregado em dezembro. Em 12 meses, até setembro, foram 253.416 novos empregos, aumentando o contingente em 10,98%.
Em setembro, a construção foi o quarto setor que gerou o maior número de postos de trabalho formais, atrás de serviços (122.562 vagas), do comércio (57.974) e da indústria (56.909), e na frente da agropecuária (9.474).
De acordo com Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, mesmo com a redução do ritmo de crescimento, o setor continua aumentando sua atividade e gerando empregos. “Isso mostra a resiliência da indústria da construção e sua importância social no atual cenário de juros altos e incertezas em relação aos rumos da economia”, observa.
Ao final de setembro, a construção empregava 2.591.754 trabalhadores com carteira assinada no País. Já o saldo entre admissões e demissões entre todos os setores da atividade econômica resultou na abertura de 278.085 mil empregos no mês.
Das vagas abertas pela construção em setembro, 4.528 registraram-se no Estado de São Paulo. Além de São Paulo, os Estados que mais empregos abriram no setor no mês foram: Rio de Janeiro (4.776), Pará (2.738), Minas Gerais (2.471), Espírito Santo (1.783), Bahia (1.780), Goiás (1.245), Pernambuco (1.596), Rio Grande do Sul (1.300), Maranhão (1.254), Ceará (1.193), Santa Catarina (1.063) e Paraná (1.047). Piauí registrou ligeira queda.