O Índice de Confiança da Indústria (ICI), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), manteve-se relativamente estável ao recuar 0,2 ponto em janeiro, para 93,1 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu 0,9 ponto, pior resultado desde agosto de 2020 (88,7 pontos).
No mês, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados pela Sondagem. O Índice Situação Atual (ISA) cedeu 0,7 ponto, para 93,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) subiu 0,4 ponto para 93,2 pontos.
A pesquisa revela que, entre os quesitos que integram o ISA, o indicador que mede a percepção dos empresários em relação à situação atual dos negócios foi o que mais influenciou a queda do ICI em janeiro ao recuar 1,6 ponto para 90,9 pontos. Em menor magnitude, houve ligeiro recuo da demanda e aumento do nível de estoques no período com variações de 0,2 e 0,5 ponto, para 91,9 e 103,0 pontos, respectivamente. Quando este indicador está acima de 100 pontos, sinaliza que a indústria está operando com estoques excessivos (ou acima do desejável).
No sentido oposto, a tendência dos negócios para os próximos seis meses evitou uma queda mais forte da confiança em janeiro ao subir 2,4 pontos para 91,9 pontos, apesar de ainda estar abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021 (102,7 pontos).
No horizonte mais curto, de três meses, as perspectivas sobre emprego recuperaram 0,5 ponto, para 95,6 pontos, após quatro meses consecutivos de queda. Apesar disso, o indicador se mantém abaixo dos 100 pontos, ainda sinalizando uma desaceleração das contratações nos próximos meses. Já o indicador que mede as perspectivas sobre a produção para os próximos três meses se manteve recuou 1,6 ponto para 92,5 pontos.
Já o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da indústria caiu 0,8 ponto percentual, para 78,8% pior resultado desde maio de 2021 (77,8%).