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Consumidores desconfiados em janeiro


O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), recuou 2,2 pontos em janeiro, para 85,8 pontos. Em médias móveis trimestrais, o índice caiu pelo segundo mês consecutivo ao ceder 0,9 ponto, para 86,4 pontos.
A pesquisa indica que, no mês, a queda do ICC foi influenciada pela piora das expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) se manteve relativamente estável pelo segundo mês seguido variando 0,2 ponto, para 71,1 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) retraiu 3,6 pontos, para 96,7 pontos, retornando a nível abaixo da neutralidade.
Houve piora da satisfação das famílias sobre a situação econômica e melhora das avaliações sobre as finanças pessoais. O indicador que mede a satisfação sobre a situação financeira das famílias subiu 0,8 ponto, para 64,4 pontos, enquanto o indicador que mede as avaliações sobre a situação econômica recuou 0,5 ponto, para 78,3 pontos e chega ao seu pior resultado desde julho de 2022 (77,9 pontos).
De acordo com o estudo, entre os quesitos que compõem o ICC, o que mais contribuiu para a queda no mês foi o que mede a perspectiva sobre a situação financeira das famílias nos próximos seis meses cujo  indicador caiu 7,6 pontos, para 97,4 pontos. No mesmo sentido os indicadores que medem o grau de otimismo com a situação econômica geral e a intenção de compra de bens duráveis recuaram 1,7 e 1,2 ponto, para 113,4 e 79,6 pontos, respectivamente.
O levantamento mostra, ainda, que consumidores de menor poder aquisitivo estão mais otimistas pelo segundo mês consecutivo, enquanto os de maior seguem com as expectativas em queda pelo quarto mês seguido.