A Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) acabam de divulgar os resultados da Pesquisa Tracking de novembro. De acordo com os dados, analisados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), 33% dos varejistas de material de construção registraram alta nas vendas correntes no mês, contra 25% em outubro. Já as assinalações de queda recuaram de 29% para 22%.
Como já registrado no mês anterior, na comparação interanual houve melhora significativa. Em novembro de 2022, as avaliações otimistas sobre as vendas correntes foram de apenas 23%, enquanto as pessimistas representaram cerca de 30%.
Na análise das expectativas para as vendas nos próximos três meses, os resultados da edição de novembro estão em linha com o esperado para a época do ano. Na comparação com outubro, as assinalações otimistas cederam de 57% para 40%. Em novembro de 2022 esse indicador era de apenas 34%, o que confirma que, em geral, apesar da influência sazonal, a percepção dos varejistas neste ano está acima do registrado em igual período do ano passado.
A pesquisa revela, ainda, que na avaliação por Região, houve melhora na percepção sobre as vendas correntes frente a outubro, exceto no Norte do País. O maior nível de otimismo foi registrado no Nordeste, com 42% de assinalações de alta nas vendas em novembro. Na sequência, aparecem Centro-Oeste (35%), Sul e Sudeste (31% em ambas). No Norte, o percentual foi de 30%.
Quanto às expectativas para os próximos três meses, a exemplo de outubro, a queda nas assinalações otimistas também foi sentida em todas as regiões. Esse recuo chegou a 20 pontos percentuais no Sudeste, onde as perspectivas otimistas registraram queda de 55% para 35% do total. Ainda assim, as respostas que sugerem alta nas vendas nas demais regiões, nos próximos meses, foram sempre superiores a 40%.
Com a melhora registrada em novembro, o indicador relativo ao mês atual voltou a superar o nível de neutralidade (100), passando de 96 para 111 pontos, bem acima do registrado em igual mês de 2022 (93 pontos).
Influenciada pelos resultados dos meses anteriores, a média móvel trimestral ainda se mantém abaixo do nível de neutralidade, tendo passado de 97,3 pontos para 98,6 pontos entre outubro e novembro. O indicador de expectativas, por sua vez, registrou a queda típica de final do ano, passando de 143 pontos em outubro para 120 pontos em novembro. Na comparação frente a novembro de 2022 houve melhora. Naquele mês, o indicador de expectativas havia sido de 111 pontos. Frente ao mês anterior, a média móvel de novembro também recuou, passando de 150,5 para 139,2 pontos.
O estudo revela, também, que no recorte por especialidade das lojas também houve melhora geral frente ao mês anterior, exceto no caso de hidráulica, que recuou um ponto percentual nas assinalações de alta nas vendas.
Quando a pesquisa considera as lojas pelo porte (número de funcionários), as mais otimistas em novembro foram as grandes (mais de 99 colaboradores). Nesse segmento, as assinalações de crescimento nas vendas correntes chegaram a 44%.
Já em relação ao que é esperado das ações do governo para os próximos 12 meses houve pequena oscilação. Enquanto as otimistas se mantiveram em 36% frente a outubro, as pessimistas subiram de 28% para 32% do total de respostas.