A Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) acaba de divulgar a nova edição da sua pesquisa Índice, elaborada pela Fundação Getulio Vargas (FGV) com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresentando os dados de faturamento do setor.
O estudo indica que, em fevereiro, o faturamento deflacionado das indústrias do setor apresentou queda de 3,6% em relação ao mês anterior. Na comparação com janeiro do ano passado, também houve redução: 0,4%.
O levantamento mostra que a estimativa é de que, em fevereiro, o faturamento deflacionado do material básico tenha recuado 1,6%, enquanto o de material de acabamento apresentou expansão de 1,6% em relação a fevereiro de 2023.
A nova edição da pesquisa também aponta os dados consolidados de janeiro de 2024. No período, a indústria de material de construção teve faturamento 4,2% maior do que o observado em janeiro de 2023, apresentando o segundo mês de alta nesta comparação.
Apesar dos números, a previsão da FGV/Abramat para 2024 é de crescimento de 2,0% no faturamento total deflacionado do material de construção em relação a 2023. “A retração apresentada em fevereiro está relacionada a fatores macroeconômicos, como crédito caro e endividamento das famílias, que dificulta a retomada do varejo. De todo modo, acreditamos que em 2024 teremos crescimento. Entre os pontos positivos estão as obras do PAC, do Minha Casa Minha Vida, e do Nova Indústria Brasil (em particular a Missão 3, que trata de infraestrutura), além da expectativa de mais lançamentos no mercado imobiliário”, comenta Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.