Confiança do comércio recua após três meses consecutivos de alta
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), recuou 1,0 ponto em fev... Leia mais.

Intenção de consumo menor
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,5% em... Leia mais.

Confiança do consumidor paulista recua
O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paul... Leia mais.

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Intenção de consumo menor


De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,5% em fevereiro, descontados os efeitos sazonais, o que representa o terceiro resultado negativo consecutivo. Apesar da retração, alcançou o maior nível de satisfação para fevereiro desde 2015 e variação anual positiva, revelando recuperação em relação aos anos anteriores. Por outro lado, houve desaceleração no crescimento anual (+10,4%), tendência iniciada em setembro do ano passado.
A pesquisa indica que todos os componentes sentiram esse movimento, no entanto, o Momento para Duráveis sofreu a maior redução na sua taxa, apesar de continuar apresentando o maior avanço anual de fevereiro (+34,1%). Na análise mensal, esse item obteve a segunda maior queda (-1,1%), devido a um aumento na proporção de famílias que consideram um mau momento para compra desses bens, uma reversão em relação à tendência de queda apresentada desde agosto de 2022.
Apesar das melhores taxas de juros, o saldo da carteira de crédito das pessoas físicas vem desacelerando em relação aos resultados do ano passado, mostrando menor procura por esses recursos.
O fato de o Acesso ao Crédito ter obtido o menor crescimento em relação a fevereiro do ano passado e taxa mensal negativa pelo terceiro mês corrobora a percepção de que o efeito positivo da redução dos juros vem se esgotando no aquecimento do consumo.
Nesse cenário, a Renda Atual foi a única análise com avanço mensal (+0,3%), com taxa ainda mais intensa do que em dezembro/2023 e janeiro/2024, enquanto a Perspectiva Profissional vem apresentando queda desde agosto de 2023, tendo em fevereiro deste ano a maior taxa negativa mensal (-1,6%).
Com as famílias mais atentas com sua inadimplência, a renda real mais favorável e o crédito mais baratos não foram suficientes para incentivar o comércio. Com isso, o Consumo Atual foi reduziu pelo terceiro mês consecutivo.
A Perspectiva de Consumo também apresentou queda, entretanto, o subindicador permanece acima do observado no Consumo Atual e do nível de satisfação, com 109,7 pontos. O estudo revela que as proporções das famílias que pretendem aumentar e reduzir o consumo nos próximos meses vêm caindo há dois meses, com avanço daquelas que não devem alterar seu nível de consumo. Deve-se observar que a maior parcela (39,7%) ainda corresponde à intenção de um consumo maior.