O preço da casa própria está mais acessível ao bolso do brasileiro. O metro quadrado do imóvel pronto sobe abaixo da inflação em algumas capitais, como Belo Horizonte e Porto Alegre, e já acumula queda em outras, casos de Curitiba e Brasília. Além disso, as empresas do setor correm para desovar os altos estoques, geradores de custos adicionais indesejáveis.
A explicação está no front macroeconômico. Sucessivos indicadores - da indústria ao varejo - reforçam a desaceleração da economia brasileira, que pode crescer menos de 1% neste ano. O pessimismo entre consumidores é agravado pelo endividamento familiar (na média, de 46% da renda, pelos dados do Banco Central).
Mais caras, as concessões de crédito imobiliário também estão em queda. Após avanço na casa dos 95% de 2011 a 2013, caíram 2,2% entre os meses de junho de 2013 e 2014, segundo o BC.
Os juros reais (descontada a inflação) do financiamento imobiliário foram de 1,5% para 2,5% ao ano na mesma comparação - seguindo a trajetória de alta da taxa Selic.