A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) reduziu na última terça-feira (19) a previsão de crescimento do setor para 2014. Segundo o novo presidente da entidade, José Carlos Martins, o Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil deverá estagnar ou avançar a, no máximo, 1% este ano, ante a projeção anterior de alta de 2,5%.
Em 2013, o PIB da construção teve alta de 1,6% segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Para Martins, o baixo crescimento esperado para o ano se deve à desaceleração da economia, atrasos em obras públicas de infraestrutura e conclusão de programas habitacionais. O término da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), segundo ele, poderá provocar paralisação de negócios e demissão de operários, por isso, a CBIC pretende pedir ao presidente eleito em outubro que inclua mais 350 mil unidades na meta atual do programa e amplie seu prazo até o meio de 2015.
Em relação ao nível de emprego na construção civil esperado para o ano, Martins afirmou que deve se manter estável. Atualmente, o setor emprega cerca de três milhões de trabalhadores, número que não deve sofrer alterações significativas.
A projeção de crescimento para o ano de 2015 será feita pela entidade com base no desempenho do segundo semestre.