Confiança do comércio recua após três meses consecutivos de alta
O Índice de Confiança do Comércio (ICOM), do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), recuou 1,0 ponto em fev... Leia mais.

Intenção de consumo menor
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) recuou 0,5% em... Leia mais.

Confiança do consumidor paulista recua
O Índice de Confiança do Consumidor Paulista (ICCP), elaborado pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paul... Leia mais.

Usuário:
Senha:


A construção civil em 2015



O ano de 2014 foi frustrante para a maioria da indústria de materiais de construção. Na média da indústria o faturamento, descontada a inflação, será 4 a 5% menor que em 2013. O que aconteceu de errado, já que nos últimos anos o crescimento do setor foi bem acima do PIB da economia? As vendas para o varejo são dependentes da renda e emprego e do crédito. Renda e emprego ainda estiveram bem em 2014, mas o crédito foi muito prejudicado pela política restritiva dos bancos e pelo aumento dos juros. O pessimismo generalizado com a economia afetou os planos de investimento, assim como a compra da casa própria pelas famílias. As obras públicas de infraestrutura, embora com as dificuldades de demora nas licenças, imprevisibilidade de desembolso, problemas com projetos, ainda caminharam razoavelmente.

O clima de expectativa se reduziu com o resultado das urnas e a definição da equipe econômica. Mas o retorno da confiança virá aos poucos com as primeiras medidas. Com confiança o empresário começa a repensar os investimentos. Outro fator que pode ajudar a indústria em 2015 é uma taxa mais realista do câmbio. Há sinais que ela permanecerá nos níveis de R$ 2,50 a R,55/US$ até o final de 2014 e mais próximo de R$ 2,70/US$ em 2015. Com essas taxas, uma boa parte das importações de materiais de construção será retomada pela indústria nacional e, como bônus, aumentarão as exportações, que hoje estão menores que em 2007. O Minha Casa deverá ser bastante incrementado. Hoje o programa é responsável por cerca de 7% da venda de materiais e a perspectiva de construir três milhões de moradias nos próximos quatro anos é muito animadora. É possível imaginar um cenário ligeiramente melhor para a indústria de materiais em 2015, embora longe de atingir as taxas de crescimento que o setor necessita para retomar o importante papel que desempenhou na economia nos últimos anos.

Walter Cover
Presidente executivo da ABRAMAT
abramat@abramat.org.br