Durante reunião de conjuntura sobre o desempenho e as perspectivas do mercado da construção civil realizada na última terça-feira (10), o presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), José Romeu Ferraz Neto, defendeu a adoção de providências adicionais, além das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo Governo Federal, para a retomada do crescimento econômico do setor.
Para Ferraz Neto, "os governos precisam acabar com os atrasos dos pagamentos das obras de infraestrutura e habitação popular, colocar em dia os cronogramas de execução que foram adiados e retomar a concessão de financiamentos. O mesmo vale para o programa Minha Casa, Minha Vida, que ainda não iniciou a contratação das prometidas 350 mil unidades habitacionais da fase 2 e nem iniciou a fase 3".
A entidade defendeu ainda medidas como a retomada das concessões de obras públicas e de Parcerias Público-Privadas (PPPs) com atratividade e garantias de cumprimento dos contratos, e o reforço dos financiamentos de bancos privados para a expansão da infraestrutura.
"Não podemos nos acomodar com a perspectiva de crescimento zero do PIB neste ano. A situação é grave e se o governo não reagir, estimulando setores que impulsionam o desenvolvimento como o da construção, ela pode se agravar mais ainda", afirmou Ferraz Neto.
O vice-presidente de Economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, por sua vez, defendeu que os governos realizem reformas microeconômicas. "Precisamos destravar tudo o que bloqueia o aumento da produtividade, como o excesso de burocracia em aprovações de empreendimentos imobiliários, dificuldades nos registros de imóveis e falta de flexibilidade na legislação trabalhista", opinou.