O Governo Federal deu início na última segunda-feira (16) às discussões com empresários da construção civil para formatar a terceira fase do Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que deverá ser lançada até o fim do ano. Farão parte dos grupos de trabalhos criados para debater as novas diretrizes para o programa habitacional representantes de entidades como a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).
De acordo com o ministro do Planejamento Nelson Barbosa, a terceira etapa do MCMV terá uma nova modalidade, chamada Faixa 1 FGTS, que combinará os inventivos das Faixas 1 e 2 para aumentar o público com acesso ao programa e incluir famílias com renda entre R$ 1,6 mil e R$ 1,8 mil. Atualmente, estão disponíveis as faixas que atendem famílias com rendimento mensal de até R$ 1,6 mil; de R$ 1,6 mil a R$ 3,275 mil; e de R$ 3,275 mil a R$ 5 mil.
Com meta de três milhões de moradias contratadas até o fim de 2018, somando um total de 6,75 milhões de unidades contratadas pelas três fases do programa, a terceira etapa também poderá ter a possibilidade de o trabalhador usar as cotas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como parte do pagamento dos imóveis.
Outra mudança para o MCMV 3 será a priorização de grandes cidades, que deverão receber maior número de contratações. O anúncio foi feito em fevereiro pela presidente Dilma Rousseff, que citou como exemplo a cidade de Feira de Santana, na Bahia.
A previsão é de que o programa receba R$ 19,3 bilhões de recursos, de acordo com a Lei Orçamentária Anual 2015 enviada pelo Governo Federal ao Congresso Nacional. O MCMV é o eixo do PAC que vai receber o maior volume de recursos e terá 23% a mais que o previsto para 2014, quando o orçamento destinou R$ 15,77 bilhões ao programa habitacional.