A carteira de crédito habitacional da Caixa Econômica Federal deve crescer 14% em 2015. Segundo o banco, a projeção leva em consideração que a concessão de novos financiamentos para a compra da casa própria some R$ 35 bilhões no 2º semestre.
Destaque no último balanço, o saldo da carteira imobiliária da Caixa chegou a R$ 366,6 bilhões em junho, respondendo por 56% de volume total de empréstimos do banco. Como resultado, a Caixa manteve-se isolada na liderança do mercado, com uma participação de 68%.
O banco tem priorizado financiamento de imóveis novos com recursos do FGTS, com destaque para habitações populares e o programa Minha Casa Minha Vida.
“As operações do FGTS, nosso foco principal este ano, cresceram 25% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano passado”, afirmou o diretor de Habitação da Caixa, Teotonio Rezende.
Segundo ele, a redução de financiamentos com recursos de poupança foi parcialmente compensada pela linha Pró-cotista, com recursos do FGTS.
Por meia dela, a Caixa anunciou, no final do segundo trimestre, mais R$ 4 bilhões para que trabalhadores com conta ativa no fundo financiem 85% do valor de imóveis novos e usados em áreas urbanas de até R$ 400 mil pelo prazo máximo de 30 anos a taxas de juros entre 7,85% e 8,85% ao ano.
Rezende ressaltou ainda que a demanda segue aquecida na habitação popular, com imóveis no valor máximo de R$ 200 mil. Prova disso é que essa faixa de preço representa 60% das 6 milhões de simulações de financiamento realizadas mensalmente no site da Caixa.
Os segmentos de habitação, infraestrutura e empréstimo com desconto em folha (consignado) devem sustentar o crescimento de 14% no saldo da carteira do banco. O ritmo é bem superior à média de mercado de 8,6% esperada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Da Redação, original Estado de Minas.