O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou na última sexta-feira (26) a liberação de mais de R$ 21,7 bilhões para habitação em 2016. Com a medida, o seu orçamento para este ano passa de R$ 83 bilhões para R$ 104,7 bilhões.
O dinheiro será usado em duas linhas de investimento. Na primeira, R$ 11,7 bilhões serão para investimentos tradicionais na habitação, sendo R$ 8,2 bilhões apenas para a linha Pró-Cotista. A segunda parte, de R$ 10 bilhões, de ser direcionada a Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), medida que deve estimular a construção civil no país.
"Esses recursos, todos eles voltados para habitação, representam mais empregos e a construção de, em média, 140 mil novas unidades habitacionais", afirmou Miguel Rossetto, ministro do Trabalho e Previdência Social.
O secretário-executivo do Conselho Curador do FGTS, Quênio Cerqueira, ainda afirmou que, do total de R$ 21,7 bilhões anunciados na última sexta, pelo menos R$ 7,6 bilhões devem ser investidos em habitação popular.
Cerqueira também esclareceu que o orçamento para linha pró-cotista foi ampliado devido ao aumento da procura por esse financiamento. Ele é voltado para famílias de classe média que não se enquadram nos limites de financiamento da habitação popular e em programas como o MCMV. "No ano passado, o FGTS Pró-Costista teve suplementação e orçamento final de mais de R$ 6 bilhões. Os recursos para essa linha em 2016 chegarão ao limite de R$ 9,5 bilhões, o maior valor histórico porque nesses primeiros meses do ano foi observado que a procura estava maior que o orçamento vigente", afirmou.
A Associação Brasileira de Mutuários Habitacionais (ABMH) vem recebendo reclamações de mutuários que tiveram o financiamento para o FGTS Pró-Cotista aprovado pela Caixa, mas não foram chamados para assinar o contrato.