O Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), subiu 2,1 pontos em maio e atingiu 69,1 pontos, o maior valor desde dezembro de 2015 (69,4 pontos). Com o resultado, a média móvel trimestral cresceu 0,8 ponto na margem e interrompeu a sequência de 29 quedas consecutivas desde dezembro de 2013 nesta forma de avaliação.
"Em maio, o aumento da confiança mostrou-se mais robusto e disseminado no setor. Edificações, Infraestrutura e Serviços Especializados, enfim, em todos os segmentos cresceu a percepção de que o ritmo de queda da demanda deve desacelerar no curto prazo, alimentando a confiança empresarial. No entanto, as dificuldades do atual cenário econômico e político sugerem que é um tempo muito curto para que, de fato, ocorra esta reversão", observou Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE.
O Índice de Expectativas (IE-CST) avançou 5,7 pontos, alcançando 77,9 pontos. O índice é o maior desde junho de 2015 (78,1 pontos). Dentre os itens que integram o índice, a expectativa com a demanda dos negócios para os próximos três meses foi o que mais contribuiu com a alta, pois variou 5,9 pontos em maio.
Já o Índice da Situação Atual (ISA-CST) recuou 1,5 pontos e alcançou um novo piso histórico de 60,9 pontos. O que mais contribuiu para essa queda foi a satisfação das empresas com a situação atual dos negócios, que teve um recuo de 3,5 pontos em relação ao mês anterior.
Ana Maria Castelo explica, ainda, a evolução em direções opostas dos dois componentes do índice. "Os empresários tornaram-se menos pessimistas quanto ao futuro próximo, embora a atividade continue em declínio. No entanto, se o investimento em infraestrutura e no mercado habitacional não voltar a se expandir, o indicador de expectativas não deve sustentar a melhora dos últimos meses", concluiu.