Os brasileiros estão menos pessimistas em relação ao futuro da economia do País, segundo pesquisa da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), realizada pela TNS, empresa de pesquisa de mercado. Levantamento trimestral da entidade divulgado na última quinta-feira (4) aponta um recuo nesse indicador de 12% em março para 6% em junho. A parcela de otimistas, por sua vez, passou de 16% para 18% na mesma base de comparação.
No segundo trimestre também aumentou, para 17%, o número de entrevistados que acreditam em uma melhora da capacidade de financiamento, como carro ou casa. Em igual período do ano passado esse indicador estava em 16%.
Em meio ao acirramento da crise política, a intenção de abrir um novo financiamento imobiliário diminuiu, passando de 54% no primeiro trimestre para 42% no segundo trimestre. No último trimestre de 2015, a intenção de financiamento estava em 44%. A inflação elevada também ajuda a explicar a queda no levantamento mais recente. Nos últimos 12 meses até junho a inflação foi de 8,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O pessimismo com relação à oferta de crédito também diminuiu. O porcentual dos que acreditavam que o cenário iria piorar diminuiu de 62% no primeiro trimestre para 57% no segundo trimestre. Na mesma base de comparação, a perspectiva de piora na taxa de juros recuou de 75% para 68%.
Ao mesmo tempo, entre os entrevistados de maior poder aquisitivo a tendência para entrar em um financiamento cresceu no segundo trimestre, passando de 18% para 27%. Na classe média, essa intenção também aumentou, de 16% para 20%. Já entre as famílias de renda mais baixa, a fatia dos interessados caiu de 15% para 13%.
Foram ouvidas 1.000 pessoas com idade entre 18 e 65 anos, sendo 52% mulheres e 48% homens no período de 27 de junho a 5 de julho.