Calculado pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Construção (ICST) variou 0,1 ponto em outubro e chegou aos 74,7 pontos. Apesar do aumento lento, essa é a quarta variação positiva seguida e decorreu exclusivamente da melhora de perspectivas.
"Após quatro meses em alta, o índice que mede a percepção em relação à situação atual dos negócios recuou em outubro. A piora decorre do aumento do número de empresas indicando que a situação está estável, sugerindo que a atividade da construção não está mais em queda, mas mantendo em um patamar baixo", analisa Ana Maria Castelo, Coordenadora de Projetos da Construção do Instituto.
O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, variou 0,6 ponto no mês, alcançando os 85,4 pontos. Dentre os itens que integram o índice, o que mais contribuiu para a alta foi "perspectivas para a demanda nos três meses seguintes", que variou 1,1 ponto na margem.
O Índice da Situação Atual (ISA), por sua vez, caiu 0,3 ponto, chegando aos 64,5 pontos. Os indicadores que medem a situação atual dos negócios e a situação atual da carteira de contratos apresentaram quedas idênticas.
O resultado fez com que a diferença entre o ISA e o IE aumentasse para 20,9 pontos, o maior nível da série. "Este quadro deve permanecer por algum tempo, uma vez que as expectativas estão sendo alimentadas por notícias que ainda não se efetivaram, ou ainda, que não determinaram o início de um novo ciclo de crescimento. Em outubro, o percentual de empresas prevendo redução do total de pessoal ocupado voltou a crescer, interrompendo a melhora observada desde abril do indicador de mão de obra prevista nos três meses seguintes", observa Castelo.
O Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) do setor chegou a 64,9% em outubro, o que representa um aumento de 0,1 ponto e enfatiza uma relativa estabilização no nível de atividade.