O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou um orçamento de R$ 87 bilhões para 2017. Desse valor, R$ 63,5 bilhões serão destinados à habitação popular, R$ 14 bilhões à mobilidade urbana, e R$ 9,5 bilhões ao saneamento básico.
Para os próximos quatro anos, o fundo prevê investimentos de R$ 331 bilhões na economia. Além dos R$ 87 bilhões em 2017, serão R$ 81,5 bilhões em 2018, R$ 81,75 bilhões em 2019 e R$ 80,75 bilhões em 2020.
Presidente da reunião do conselho curador e ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira vê a aprovação do orçamento com otimismo. "Os investimentos do FGTS, além de propiciar moradia aos trabalhadores, principalmente os de baixa renda, vão poder gerar 2,5 milhões de empregos anualmente no mercado de trabalho formal brasileiro", declarou.
Habitação
Do total a ser investido em habitação, R$ 58,5 bilhões serão direcionados a moradias populares, sendo R$ 48,5 bilhões especificamente ao programa Minha Casa Minha Vida. Outros R$ 9 bilhões serão destinados ao subsídio de compra da casa própria por famílias de baixa renda, através de descontos, o que deve beneficiar cerca de 506 mil contratos habitacionais.
CBIC
A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) avalia a decisão do FGTS de forma positiva. Para o presidente da entidade, José Carlos Martins, o orçamento tem como pressuposto a sustentabilidade do fundo. "É uma decisão importante, que sinaliza a responsabilidade necessária na gestão do FGTS", afirma. "O FGTS pode dar uma grande contribuição nesse momento de escassez de recursos, mas é preciso respeitar sua vocação e preservar seu modelo".
O economista da CBIC, Luis Fernando Mendes, concorda com o posicionamento e acrescenta: "o objetivo foi buscar a sustentabilidade do fundo. O mercado pode ficar tranquilo que havendo demanda não irá faltar recurso à produção e ao comprador".