O índice de otimismo entre empresários do setor da construção registrou crescimento de 58,1% no trimestre entre dezembro de 2016 a fevereiro de 2017 em relação ao trimestre anterior, encerrando com 57,04 pontos. Os dados são da Sondagem da Construção, divulgada nesta quinta-feira (27) pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP)
A escala utilizada pelo levantamento vai de 0 a 100, sendo 50 o centro. Um desempenho abaixo de 50 é considerado não favorável. A exceção o item dificuldades financeiras, em que abaixo de 50 significam dificuldades menores.
No trimestre finalizado em fevereiro, o indicador de avaliação da condução da política econômica subiu 2,8% na comparação com o período anterior, atingindo 48,72 pontos. Já a percepção em relação aos custos setoriais subiu para 54,59 pontos, uma variação positiva de 3,6%.
Em relação ao índice de dificuldades financeiras, houve uma redução de 2,5%, chegando aos 64,11 pontos. O indicador vem apresentando queda desde maio de 2016, mas ainda continua elevado, já que são consideradas dificuldades menores abaixo dos 50 pontos.
Os únicos índices que não apresentaram variação positiva foram o de desempenho da empresa, que fechou com 24,74 pontos - queda de 3,7% diante do patamar registrado do ano anterior (27,72 pontos) - e o de crescimento econômico, que atingiu 31,90 pontos, recuo de 0,1% em relação ao período anterior, mas que teve melhora de 177,4% no período de 12 meses.
O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto disse que "a queda da inflação e a expectativa de aprovação das reformas econômicas e das medidas de melhoria do ambiente de negócios contribuíram para reduzir o pessimismo da construção ", mas que as empresas ainda não esperam uma recuperação a curto prazo.