Em julho, o Índice de Confiança da Construção (ICST) do Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) atingiu 74,6 pontos, um crescimento de 0,4 pontos em relação ao mês anterior. Dessa forma, o indicador retomou o patamar registrado em março deste ano de 76,5 pontos, considerando-se dados ajustados sazonalmente.
"O avanço do ICST fortalece a percepção de que o pior momento da crise ficou para trás - o patamar mais baixo do indicador foi registrado em abril do ano passado. O ICST de julho, no entanto, está apenas 7 pontos acima do mínimo histórico e mais de 25 pontos abaixo da média. O lento crescimento e as idas e vindas da confiança nos últimos meses sinalizam um quadro ainda bastante frágil para a atividade da construção, no qual as bases para retomada ainda não estão garantidas", disse a Coordenadora de Projetos da Construção da FGV/IBRE, Ana Maria Castelo.
O Índice de Expectativas (IE-CST) alcançou 85,1 pontos, uma variação de 0,3 ponto. Vale ressaltar que a alta se deve ao crescimento do índice do otimismo com a situação dos negócios nos próximos seis meses de 0,8 ponto, registrando 86,8 pontos.
No Índice de Situação Atual (ISA-CST) foi registrado crescimento de 0,5 ponto, para 64,4 pontos. Entre os subíndices, houve alta de 1,4 ponto na satisfação com a situação corrente de negócios que passou para 67,2 pontos, atingindo o melhor resultado desde janeiro deste ano (67, 4 pontos).
"Além da queda na demanda, o encarecimento e dificuldades de acesso ao crédito aprofundaram o sentimento de crise vivido pelas empresas, mas o indicador também mostra que o pior momento parece ter ficado para trás", afirmou Ana Maria Castelo.
Por fim, o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) obteve melhora após cinco quedas encerrando o mês de julho com 61,8%, uma variação de 0,3 ponto percentual (p.p.).
A edição de julho de 2017 coletou informações de 707 empresas entre os dias 3 e 24 deste mês.