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Para entidades da construção, queda contínua da taxa de juros é positiva para o setor


A decisão do Banco Central em reduzir a taxa básica de juros nacional, a Selic, em um ponto percentual (de 10,25% para 9,25%) na última quarta-feira (27) foi elogiada por entidades da construção civil como o Sindicato da Habitação do Estado de São Paulo (Secovi-SP) e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP). No ano, a taxa já caiu 4,5%.
"Com a taxa básica de juros na casa de um dígito, algo que não ocorria desde o final de 2013, haverá reflexos importantes na economia e no mercado imobiliário", afirma Flavio Amary, presidente do Secovi-SP. "Somada aos demais indicadores positivos da economia, a medida permite aumentar a confiança dos empresários e estimular investimentos", continuou.
Apesar de apoiar a medida, o presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, afirmou que o setor segue na expectativa para a queda contínua da taxa anual dos juros básicos. "Em função da inflação reduzida, ainda há espaço para novas quedas da taxa de juros, o que deverá aumentar a atratividade das aplicações na Caderneta de Poupança. Isto trará mais recursos ao crédito imobiliário, aquecendo este mercado em 2018", acredita.
De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), a caderneta de poupança já registrou melhora com a queda da inflação e redução da Selic. No primeiro trimestre deste ano, a captação líquida tinha saldo negativado em R$ 12,7 bilhões, enquanto no segundo trimestre o montante passou para R$ 4,6 bilhões positivos.
Para o presidente do SindusCon-SP, porém, o setor da construção civil depende de outras variáveis para o reaquecimento da atividade. "Os investidores continuam retraídos. O grande desafio é descolar o desempenho da economia da crise política. Isto requer manutenção de maioria parlamentar no Congresso, maior racionalização dos gastos públicos, aprovação da reforma previdenciária e continuidade das concessões e parcerias público-privadas, entre outras medidas", opina.
José Romeu Ferraz Neto aproveitou para criticar a estratégia do Governo Federal para maior arrecadação de impostos. "O aumento da carga tributária vai na contramão deste crescimento porque inibe o consumo e a capacidade de investimento das empresas", conclui o dirigente.