Em dezembro de 2017 o nível de utilização da capacidade de operação da indústria da construção era de 58%. Em 2018, ele chegou as 60%. Com isso, a ociosidade chegou ao menor nível desde julho de 2015, chegando a 40%. Os dados são da Sondagem Indústria da Construção, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no final de fevereiro.
A pesquisa ainda mostra que em janeiro também diminuiu o ritmo de queda do nível de atividade e de emprego na construção. O índice de nível de atividade atingiu 45,6 pontos, 6,3 pontos acima de janeiro de 2017. O indicador de número de empregados ficou em 43,9 pontos, ou 5,5 pontos maior do que o de janeiro do ano passado. Mas os dois indicadores continuam abaixo dos 50 pontos o que indica queda na atividade e no emprego.
Para Flávia Ferraz, economista da CNI, há sinais de melhora no setor. “a recuperação da crise depende da consolidação do crescimento econômico e do emprego. Com isso, haverá o aumento dos investimentos em obras e as famílias terão segurança para buscar financiamento e comprar a casa própria”, afirma.
Os empresários estão pouco dispostos a investir, podemos perceber isso pelo índice de intenção de investimentos ficou em 32,1 pontos em fevereiro. O indicador varia de zero a cem pontos e quanto maior o índice, maior é intenção de investimentos do setor.
O índice de confiança dos empresários ficou 0,9 ponto abaixo de janeiro, chegando a 57 pontos. Continua acima da média histórica, embora mantenham o pessimismo com as condições atuais das empresas, os empresários apostam na melhoria dos negócios para os próximos seis meses. Isso mostra que os empresários continuam otimistas e esperam o crescimento do nível de atividade e do emprego.
Esta edição da Sondagem Indústria da Construção foi feita entre 1º e 19 de fevereiro com 608 empresas do setor. Dessas, 205 são pequenas, 269 são médias e 134 são de grande porte.