A nova edição do Termômetro da Indústria de Material de Construção, da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) indica uma avaliação mais positiva nas vendas ao mercado interno em junho, que reverbera no ligeiro aumento de otimismo em relação ao governo e pretensões de investimento no médio prazo, ainda que o nível de utilização de capacidade instalada do setor siga estanque.
Quando analisado o faturamento das empresas em junho, o termômetro apontou que para 37% das associadas o resultado no mês foi “muito bom” ou “bom”, ao passo que 37% avaliam o período como regular e as demais 26% reportaram desempenho “ruim” ou “muito ruim”.
A expectativa sobre o mês de julho tem o mesmo grau de otimismo, mas menos pessimismo, com 37% esperando um desempenho “muito bom” e “bom”, 41% tem expectativa de um mês “regular”, enquanto 22% esperam um período “ruim”.
No início de 2019, os empresários das indústrias do setor demonstravam alta expectativa sobre o novo governo, cenário que sofre mudanças de acordo com a evolução, ou não, das pautas relevantes à indústria. O Termômetro de junho aponta que 19% das empresas manifestaram otimismo com as ações do governo, 59% indiferença e 22% pessimismo.
O levantamento aponta, ainda, que 70% das associadas têm pretensão de investir nos nos próximos 12 meses. Diferente de outras edições do estudo, o termômetro de junho indica que a variação dos demais indicadores não representou alteração no índice de utilização da capacidade instalada, que se manteve em 69%. “A indústria de material de construção se movimenta para depender menos das ações governamentais, além de contribuir com o debate público com dados e estudos. Notamos que há avanços importantes na reação da indústria, ainda que reformas estruturais como a da Previdência e a Tributária ainda não tenham caminhado como esperávamos”, afirma Rodrigo Navarro, presidente da Abramat.