Levantamento realizado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) revelou que, no primeiro semestre de 2019, os financiamentos imobiliários chegaram a R$ 60,6 bilhões, valor 1% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado (R$ 60,1 bilhões).
Os financiamentos com recurso das Cadernetas de Poupança aumentaram 33%, somando R$ 33 bilhões em seis meses, e os financiamentos habitacionais com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) caíram 23%, passando de R$ 34,9 bilhões no primeiro semestre do ano passado para R$ 26,9 bilhões no mesmo período de 2019.
O crédito imobiliário para a construção de imóveis totalizou R$ 8,2 bilhões no acumulado de seis meses, alta de 62,3% na comparação com os R$ 5 bilhões concedidos no mesmo período do ano passado. Já o crédito para aquisição de imóveis alcançou R$ 25,5 bilhões no primeiro semestre, montante 26,1% maior em relação a 2018 (R$ 20,2 bilhões).
Na mesma base de comparação, Rondônia foi o Estado brasileiro que registrou a maior alta nos financiamentos com recursos da Poupança (60%), seguida da Bahia (52%), Paraná e Rio de Janeiro (ambos com 49%) e Amazonas (47%). Os destaques negativos ficam por conta de Sergipe (-17%), Paraíba (-13%), Amapá (1%), Ceará (5%) e Maranhão (7%). O Estado de São Paulo registrou alta de 32%.
Com os resultados, a Abecip revisou a previsão para o crescimento dos financiamentos imobiliários com recursos da Poupança em 2019. Segundo a entidade, a estimativa de aumento passou de 20% para 31%, com relação a 2018. Caso o resultado se confirme, o volume desses financiamentos deverá chegar a R$ 75 bilhões no ano. Com relação aos financiamentos pelo FGTS, deverá haver queda de 4%, com valor total de R$ 57 bilhões.