O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getulio Vargas (FGV) avançou 1,1 ponto em agosto, para 89,2 pontos, o maior valor desde abril deste ano (89,5 pontos). Em médias móveis trimestrais o indicador registrou alta de 0,9 ponto após cinco quedas consecutivas, quando acumulou perda de 7,5 pontos.
No mês. pelo segundo mês consecutivo a satisfação em relação ao momento atual melhorou enquanto as expectativas em relação aos próximos meses pioraram. O Índice de Situação Atual (ISA) aumentou 3,4 pontos, para 78,7 pontos, o maior valor desde abril de 2015 (78,9), enquanto o Índice de Expectativas (IE) recuou 0,5 ponto, para 97,2 pontos, se mantendo em patamar abaixo do nível neutro de 100 pontos pelo quinto mês consecutivo.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede o otimismo das famílias com a situação financeira nos próximos meses foi o que mais contribuiu para a alta da confiança em agosto após avançou 7,1 pontos, para 102,0 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2019 (105,9 pontos). Nas avaliações dos consumidores sobre a situação financeira atual, o indicador também subiu 4,7 pontos, para 74,9, o maior valor desde junho de 2015 (76,0 pontos).
Em relação à economia, as avaliações melhoraram pelo terceiro mês consecutivo. O indicador que mede o grau de satisfação com a economia no momento subiu 1,9 ponto, atingindo 82,8 pontos, nível ainda muito baixo em termos históricos. Para os meses seguintes, as perspectivas também avançaram, o indicador que mede o otimismo em relação à economia subiu 2,6 pontos, para 118,0 pontos, acumulando 10,0 pontos em tendência de alta iniciada em maio desse ano.
Em contrapartida, a intenção de compras de bens duráveis conteve uma alta maior forte da confiança esse mês ao cair 10,9 pontos. Em tendência declinante por três meses consecutivos, a queda em agosto fez o indicador que mede o ímpeto dos consumidores a comprar atingir 72,2 pontos, o menor nível desde janeiro de 2017 (69,6 pontos).