Dados da Sondagem Indústria da Construção, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apontaram que, setembro, o indicador do nível de atividade fechou o mês com 49,5 pontos, o maior nível desde 2013. Já o indicador do número de empregados ficou em 47,5 pontos, resultado 3,6 pontos acima da média histórica e 2,4 pontos acima do registrado em setembro do ano passado.
Apesar de os resultados permanecerem abaixo dos 50 pontos – o que mostra queda no nível de atividade e emprego –, a retração é menos intensa e os indicadores têm melhorado desde o começo deste ano.
O nível de uso da capacidade de operação (UCO) em setembro registrou 62%, o maior nível desde dezembro de 2014, e o menor dos últimos cinco anos.
Apesar disso, a disposição dos empresários para a realização de investimentos permanece baixa. O índice de intenção de investimento, em outubro, caiu 1 ponto frente a setembro e ficou em 36,2 pontos. Mesmo com o recuo, o índice permanece 2,4 pontos acima da média histórica.
O estudo também aponta que o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI- Construção) totalizou 58,8 pontos, em setembro. O valor está 5,3 pontos acima da média histórica e demonstra otimismo do empresariado quanto ao crescimento do setor.
Conforme o empresariado, as principais dificuldades enfrentadas pela indústria da construção no terceiro trimestre deste ano são a elevada carga tributária (41,1% das respostas), a falta de demanda interna (35,5%) e o excesso de burocracia (30,5% das assinalações).
A Sondagem Indústria da Construção foi realizada entre 1° e 11 de outubro com 490 empresas, sendo 175 pequenas, 203 médias e 112 de grande porte.