O Produto Interno Bruto (PIB) da construção brasileira deverá fechar 2019 com um crescimento de 2%, na comparação com 2018. Em 2020, a construção deverá crescer 3%. As novas projeções foram apresentadas hoje, 05 de dezembro, pela coordenadora de Projetos da Construção da FGV, Ana Maria Castelo, em evento, com a presença do presidente do SindusCon-SP, Odair Senra, e do vice-presidente de Economia da entidade, Eduardo Zaidan.
Com o resultado, interromperá a série de cinco anos de queda. Em 2019, o crescimento do setor deve ser impulsionado principalmente pelo segmento de autoconstrução e reformas (+3%), serviços especializados (+2,5%) e infraestrutura (+1%). O setor de edificações não deverá apresentar variação na comparação com 2018, uma vez que o crescimento das vendas no mercado imobiliário somente começou a se traduzir nos indicadores de atividade nos últimos meses do ano. “De qualquer forma, a percepção é de que a crise do setor ficou para trás”, analisa Senra, acrescentando que as perspectivas são de crescimento mais expressivo das edificações residenciais e dos demais segmentos do setor no ano que vem.
Para 2020, a projeção indica que o segmento de autoconstrução e reformas seguirá liderando a recuperação. O setor de edificações residenciais aumentará o ritmo de crescimento, impulsionando o segmento de serviços especializados, enquanto as obras de infraestrutura devem seguir mantendo um ritmo lento de recuperação.
Zaidan analisa, entretanto, que a indefinição em relação à continuidade do Programa Minha Casa, Minha Vida preocupa. “O programa se mostrou eficaz na diminuição do déficit habitacional, e na crise acabou sendo responsável pela construção da maioria dos empreendimentos imobiliários, gerando habitação e emprego”, destaca.