De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) chegou a 97,1 pontos em janeiro, alcançando seu melhor resultado para um mês de janeiro desde 2015. Em relação ao mesmo período de 2019, houve crescimento de 1,2%. Mesmo com a alta, o indicador ainda permanece abaixo do nível de satisfação (100 pontos), patamar que ocupa desde abril de 2015, quando mediu 102,9 pontos.
Com o ajuste sazonal, o ICF apresentou uma retração mensal de 0,3%. Apesar de ser a segunda consecutiva na série dessazonalizada, a queda foi menos intensa do que a registrada em dezembro de 2019 (-0,8%).
No mês, o item Acesso ao Crédito apresentou aumento de 0,3%, após queda de 1,2% em dezembro. O indicador atingiu 91,7 pontos, o maior nível desde maio de 2015. Na comparação anual, o crescimento foi de 5,6%. A melhora na percepção das famílias em relação ao mercado de crédito também pode ser constatada pela redução da quantidade de brasileiros que acredita que comprar a prazo está mais difícil: 39%, contra 39,7% em dezembro último e 40,5% em janeiro de 2019.
Na esteira do crédito, a situação para aquisição de Bens Duráveis também se apresentou mais propícia. A parcela de brasileiros que avaliou o momento como positivo para comprar este tipo de bem atingiu 34,6%, o maior percentual desde abril de 2015 e acima tanto dos 32,7%, observados no mês anterior, quanto dos 32% aferidos em janeiro passado. Dos sete componentes do ICF, este foi o item que apresentou as maiores variações positivas em ambas as bases de comparação - mensal (+3,3%) e anual (+7,4%) -, chegando ao melhor patamar desde abril de 2015: 77,5 pontos.
Outro destaque foi o indicador Renda Atual, que apresentou crescimento de 3,8% em relação ao mesmo mês do ano passado, chegando a 112,7 pontos e alcançando o maior nível desde maio de 2015. Este item, bem como Emprego Atual, registrou retração no comparativo mensal.
Fonte: Revista Anamaco