A presença de profissionais mulheres no setor de construção civil - dominado pelo público masculino - tem se tornado cada vez mais forte e recorrente. Após a crise que se instalou no segmento nos últimos anos, dados do Sindicato da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon-SP), mostram que o emprego na construção brasileira teve um considerável crescimento de 3,53% em 2019. Caminhando com esse cenário, a quantidade de profissionais do sexo feminino também aumentou e hoje é possível ver mais mulheres nas funções de ajudantes de obra, técnicas de segurança do trabalho, carpinteiras, pedreiras, arquitetas e engenheiras nos canteiros de obra de todo o País.
Essa nova óptica revela o quanto elas estão investindo tempo, dinheiro e energia em capacitação nas mais diferentes áreas de atuação, com o objetivo de assumirem, em todos os níveis, profissões e cargos que antes eram, exclusivamente, ocupados por homens. Prova disso é que, nos últimos 12 anos, a quantidade de mulheres no setor da construção civil cresceu 120%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), passando de pouco mais de 109 mil no início de 2007 para 239.242 mil em 2018.
A marca alcançada ainda está longe de ser a ideal, já que de 2.122 milhões de trabalhadores na categoria, as mulheres correspondem a uma fatia de apenas 10%, além da diferença salarial, com remunerações equivalentes a 79% dos valores pagos mensalmente aos homens com as mesmas funções, nível de conhecimento e experiência. No entanto, todos esses parâmetros mostram que o mercado para o público feminino segue em evolução, com tendência para atingir um patamar razoavelmente ideal e justo.
Fonte: Revista Anamaco