Com data marcada para 27 de novembro - menos de um mês antes do Natal - a Black Friday 2020 promete movimentar o varejo. No ano passado, a data permitiu ao comércio alcançar faturamento de R$ 3 bilhões, uma alta de 25% em relação à edição anterior. E agora em tempos de pandemia, como está a disposição - e o bolso - do brasileiro para as compras?
De acordo com a Black Friday Connect, pesquisa inédita sobre as expectativas de consumo, realizada pela internet pela Connect Shopper, empresa especializada no comportamento do consumidor no ponto-de-venda, 39% dos consumidores - entre os 1.720 entrevistados - preparam-se para as compras na próxima Black Friday.
Existe, entretanto, uma parcela significativa que está indecisa: 35% não sabem se irão ou não fazer compras na próxima Black Friday. Além disso, 26% dos consumidores afirmaram que não vão comprar nada. Desses, a principal razão pela opção de não comprar (72%), é o fato de não acreditarem nas promoções e ofertas. Houve, ainda, entrevistados que apontaram a data como propaganda enganosa (a chamada “black fraude”). “A pesquisa deixa claro que há um grande desafio para a indústria, com suas marcas, e os varejistas desenvolverem ações para resgatar a confiança dos consumidores e, assim, conseguirem vender ainda mais na Black Friday”, afirma Fátima Merlin, CEO da Connect Shopper e especialista em Shopper e Varejo.
Segundo o levantamento, apesar de boa parte demonstrar intenção de comprar no período da Black Friday, os consumidores se mostraram cautelosos ao ir às compras, sobretudo pela insegurança sobre os próximos meses. Nesse sentido, a Black Friday Connect apontou que 78% dos consumidores estão inseguros e ansiosos em relação à sua situação econômica. Citam, principalmente, o endividamento e o receio da perda de emprego. Mas, por outro lado, houve manifestação na pesquisa de atitudes de consumo consciente. Dos shoppers que se mostraram propensos a comprar, a maioria (80%) disse que irá priorizar marcas que deram uma contribuição verdadeira à sociedade, em relação à pandemia, e, também, que irá dar preferência de comprar marcas nacionais para apoiar a reativação econômica do País.
O estudo aponta, ainda, que entre os itens mais desejados de serem consumidos durante a próxima Black Friday estão, em primeiro lugar, as Roupas e os Smartphones, empatados em desejo de compra. Em segundo lugar, ficaram os itens Eletrônicos. Em terceiro lugar, os Calçados; e, em quarto lugar, como mais citados: Eletrodomésticos e Produtos de Beleza (Perfumaria e Maquiagem). “O varejo brasileiro tem grande expectativa de vendas na próxima Black Friday. Por isso, resolvemos fazer essa sondagem de consumo e o resultado surpreendeu positivamente, pois cerca de 40% dos entrevistados declararam que têm planos de comprar algum produto. Esse percentual incentiva o varejo a investir mais para ampliar a confiança dos seus clientes e aumentar as vendas”, afirma Fátima.
Fonte: Revista Anamaco