O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou hoje - 02 de outubro - os dados referentes à Pesquisa Industrial Mensal (PIM). De acordo com o estudo, a produção da indústria nacional cresceu pelo quarto mês seguido e registrou alta de 3,2% em agosto, na comparação com julho. Mesmo assim, o setor ainda não recuperou as perdas de 27% de março e abril, quando a indústria atingiu o patamar mais baixo da série, devido à pandemia de Covid-19. No acumulado no ano, a produção recuou 8,6%.
O levantamento mostra, ainda, que no confronto contra agosto de 2019, a indústria caiu 2,7%. Esse é o 10º resultado negativo seguido nessa comparação. Nos últimos 12 meses, a retração é de 5,7%.
A pesquisa revela que todas as grandes categorias apresentaram avanço em agosto frente a julho. Bens de consumo duráveis apresentou o maior crescimento: 18,5%. Bens de capital (2,4%), Bens intermediários (2,3%) e Bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) também cresceram em agosto, mas abaixo da média da indústria. Todos também aumentaram pelo quarto mês consecutivo e acumularam, nesse período, ganhos de 76,4%, 25,2% e 25,0%, respectivamente.
Entre os ramos pesquisados, 16 dos 26 apresentaram aumento. A atividade mais influente foi Veículos automotores, reboques e carrocerias, que cresceu 19,2%.
Também tiveram influência no resultado da indústria, na passagem de julho para agosto, os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, com avanço de 3,9% e de Indústrias extrativas, que cresceu 2,6%. Outras atividades que ajudaram no desempenho geral foram produtos de borracha e de material plástico (5,8%), couro, artigos para viagem e calçados (14,9%), Produtos de minerais não-metálicos (4,9%), produtos alimentícios (1,0%), confecção de artigos do vestuário e acessórios (11,5%), metalurgia (3,2%), produtos têxteis (9,1%) e produtos de metal (3,1%), que repetiram o desempenho positivo de julho.
Por outro lado, entre os dez ramos que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-9,7%), perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-9,7%), Outros produtos químicos (-1,8%) e bebidas (-2,5%) foram os que mais contribuíram para os impactos negativos.
No que diz respeito a média móvel trimestral, houve crescimento de 6,9% no trimestre encerrado em agosto de 2020. Para o trimestre encerrado em julho, o aumento foi de 8,9%, quando interrompeu a trajetória predominantemente descendente iniciada em novembro de 2019.
Fonte: Revista Anamaco