De acordo com dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgados hoje (03/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 7,7% no terceiro trimestre, na comparação com o segundo trimestre, maior variação desde o início da série em 1996, mas ainda insuficiente para recuperar as perdas provocadas pela pandemia. Com o resultado, a economia do País se encontra no mesmo patamar de 2017, com uma perda acumulada de 5% de janeiro a setembro, em relação ao mesmo período de 2019.
Nesse contexto, a indústria cresceu 14,8% e os serviços aumentaram 6,3%, enquanto a agropecuária recuou 0,5%. Na comparação com igual período de 2019, o PIB, que é soma dos bens e serviços finais produzidos no país, teve retração de 3,9% e, em valores correntes, chegou a R$ 1,891 trilhões, sendo R$ 1,627 trilhão em Valor Adicionado a Preços Básicos e R$ 264,1 bilhões em Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.
Segundo o estudo, no trimestre, a expansão do PIB foi causada, principalmente, pelo desempenho da Indústria, com destaque para o crescimento de 23,7% no setor de transformação. Também houve altas em Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (8,5%), Construção (5,6%) e Indústrias extrativas (2,5%).
A pesquisa aponta, ainda, que outro destaque foi o setor de Serviços, que têm o maior peso na economia, e apresentou crescimento em todos os segmentos: Comércio (15,9%), Transporte, armazenagem e correio (12,5%), Outras atividades de serviços (7,8%), Informação e comunicação (3,1%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (2,5%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,5%) e Atividades imobiliárias (1,1%).
Na comparação anual, o PIB recuou 3,9% no terceiro trimestre de 2020. Nessa base, a Indústria registrou queda de 0,9%. Na Construção o recuo foi ainda maior: 7,9%.