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Vendas de cimento no Brasil crescem 10,9% em 2020, revela SNIC



De acordo dados apurados pelo Sindicato Nacional da Indústria de Cimento (SNIC), as vendas de cimento no Brasil, em dezembro, somaram 4,7 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 16,6% em relação ao mesmo mês de 2019.
O Sindicato alerta, entretanto, que, ao analisar a venda de cimento por dia útil - que considera o número de dias trabalhados e tem forte influência no consumo -, que foi de 208,4 mil toneladas no período, a queda é de 13,2% comparada com novembro, o que pode indicar um arrefecimento diante de um cenário de incertezas da economia e da construção civil em 2021.
Com esse resultado, o setor termina 2020 com um total de 60,8 milhões de toneladas de cimento vendidas, um aumento de 10,9% sobre o ano anterior e volta ao patamar de comercialização de junho de 2016.
Na avaliação de Paulo Camillo Penna, presidente do SNIC, isso foi possível devido às rápidas ações tomadas pela indústria do cimento, que viabilizaram, em meio a uma surpreendente pressão de demanda, a continuidade do fornecimento regular e de qualidade do insumo, mesmo num cenário de forte aumento de custos de produção. "Vivemos uma montanha-russa nas projeções de 2020. Antes da pandemia, estimávamos um crescimento de 3%. Em abril, com a queda acentuada da demanda, esperávamos uma retração de 7% a 9% no ano. De junho a outubro, a indústria do cimento registrou forte recuperação seguido de um novembro e dezembro de crescimento moderado. Tudo isso nos levou a um resultado surpreendente de quase 11% de incremento nas vendas", observa o executivo.
Segundo a entidade, os principais indutores do crescimento da atividade foram o auxílio emergencial, a autoconstrução e as obras imobiliárias - que garantiram 80% das vendas de cimento, assegurando bom desempenho do setor no período.