O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 3,6 pontos em janeiro, para 111,3 pontos. Após oito meses de altas consecutivas, esse é o primeiro resultado negativo do setor. Em médias móveis trimestrais, o índice se manteve estável.
No mês, 14 dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram queda da confiança. Na avaliação da e entidade, o resultado negativo ocorre influenciado por uma piora da satisfação dos empresários em relação à situação atual e de uma diminuição do otimismo em relação as perspectivas para os próximos três e seis meses. Nesse cenário, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 3,6 pontos para 116,3 pontos, e o Índice de Expectativas (IE) diminuiu 3,3 pontos para 106,3 pontos, menor nível desde setembro de 2020 (105,9 pontos).
A pesquisa mostra, ainda, que os indicadores que medem o nível dos estoques e a situação atual dos negócios recuaram 4,0 pontos para 125,3 pontos e 108,6 pontos, respectivamente. Houve queda tanto da parcela de empresas que avaliam os estoques como insuficientes (de 14,6% para 12,9%) como das que avaliam os estoques como excessivos (de 6,5% para 7,8%). Já no indicador que mede a situação atual dos negócios houve tanto uma redução da parcela de empresas que julgam a situação como boa (de 38,3% para 35,6%) quanto aumento da parcela fraca (de 14,1% para 14,7%).
Dos indicadores que compõem o IE, a produção prevista para os próximos três meses foi o que mais contribuiu para a queda da confiança em janeiro ao cair 8,6 pontos, passando de 110,4 para 101,8 pontos, menor nível desde julho de 2020 (99 pontos). Houve redução da parcela de empresas que preveem uma produção maior, de 40,8% para 38,3%, e aumento das que projetam menor produção, de 13,2% para 17,4%. Já os indicadores de emprego previsto e tendência dos negócios variaram -2,5 ponto e 1,3 ponto, respectivamente.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada avançou 0,6 ponto percentual, para 79,9%. Esse é o maior valor observado desde novembro de 2014 (80,3%).