O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) acaba de divulgar o resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), que mostra que a taxa de desocupação caiu para 13,9% no quarto trimestre do ano passado, depois de atingir 14,6% no trimestre anterior. Mesmo assim a taxa média de desocupação para 2020 foi de 13,5%, a maior desde 2012. Isso corresponde a cerca de 13,4 milhões de pessoas na fila por um trabalho no País. O resultado para o ano interrompe a queda na desocupação iniciada em 2018, quando ficou em 12,3%. Em 2019, o desemprego foi de 11,9%.
No intervalo de um ano, a população ocupada reduziu 7,3 milhões de pessoas, chegando ao menor número da série anual. Em um período de perdas generalizadas na ocupação, a exceção entre as atividades foi a administração pública, que cresceu 1%, com mais 172 mil trabalhadores, impulsionada pelos segmentos de saúde e educação. Já construção fechou 2020 com perda de 12,5% na ocupação, seguida de comércio (9,6%) e indústria (8,0%). Os serviços também foram os mais afetados, com destaque para alojamento e alimentação (21,3%) e serviços domésticos (19,0%). Outros serviços reduziram 13,8% e transportes, 9,4%. Os menores percentuais ficaram com agricultura (2,5%) e informação e comunicação (2,6%), que, inclusive, interrompeu três anos seguidos de crescimento da ocupação.