A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apresenta uma novidade: o Radar Febraban, uma pesquisa, que deverá avaliar, trimestralmente, a expectativa dos consumidores brasileiros sobre temas como: situação da economia e consumo, bancos, pix, proteção de dados e meio de informação. O estudo será realizado pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe).
Em sua primeira edição, o levantamento ouviu três mil pessoas, em todo o País, entre os dias 01 e 07 de março, e revela que é grande o pessimismo dos brasileiros em relação à situação financeira pessoal e da economia do País. O levantamento mostra que a maioria dos entrevistados não acredita na recuperação das finanças pessoais nem da economia em 2021: 54% projetam melhora na condição financeira familiar somente a partir do próximo ano, enquanto 23% estão mais otimistas e preveem uma retomada ainda este ano.
Nesse momento de agravamento da pandemia, aumento da inflação e fim do auxílio emergencial (a pesquisa foi realizada antes da votação da PEC do novo auxílio), os prognósticos sobre desemprego, acesso a crédito, taxa de juros, inflação e poder de compra da população também são negativos.
No horizonte dos próximos seis meses, o acesso ao crédito é o aspecto econômico que desfruta de melhor previsão. Segundo o estudo, 35% apostam na diminuição, enquanto 30% acreditam que haverá aumento no acesso ao crédito.
Por outro lado, confirmando as notícias sobre aumento do desemprego e da inflação, esses são os itens, juntamente com taxa de juros, sobre os quais os entrevistados vislumbram a maior piora nos próximos meses.
No que diz respeito á inflação e custo de vida, 80% esperam que haverá aumento. Também é alto - 76% - o percentual de entrevistados que avaliam que a taxa de juros vai aumentar. Outros 70% estão pessimistas com os rumos do mercado de trabalho e acreditam que o desemprego vai crescer. Também é expressivo o número de pessoas que vislumbram a diminuição no poder de compra do consumidor: 64%.
Um dado importante apurado pelo Radar é sobre onde investir, caso a situação financeira melhore. A boa notícia para o setor da construção é que comprar um imóvel ou promover reformas estão na prioridade dos entrevistados. A pesquisa aponta que 23% pretendem investir na compra de um imóvel e outros 21% manifestaram o desejo de reformar a casa.