A produção industrial nacional recuou 0,7% em fevereiro em relação ao mês anterior, interrompendo uma sequência de nove altas consecutivas. O setor se encontra agora 13,6% abaixo do patamar recorde alcançado em maio de 2011 e 2,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020).
Com esse resultado, no ano, a indústria acumula alta de 1,3% e, em 12 meses, queda de 4,2%. As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em fevereiro, as atividades que se destacaram em influência negativa foram as de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7,2%), que havia acumulado 1.249,2% de expansão em nove meses seguidos de crescimento, e de indústrias extrativas (-4,7%), que havia crescido em dezembro (3,8%) e janeiro (1,0%).
Entre as grandes categorias econômicas, os bens de consumo duráveis (-4,6%) tiveram a maior queda no período, sendo o segundo mês seguido de redução na produção e acumulando retração de 5,5%. A pesquisa aponta que os segmentos de bens de capital (-1,5%), que haviam acumulado expansão de 147,1% em nove meses de crescimento, e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,3%), que teve avanço de 1,7% no mês anterior, também registraram taxas negativas nesse mês. A única taxa positiva foi a dos bens intermediários (0,6%).
De acordo com o levantamento, em relação a igual mês do ano anterior, o setor industrial avançou 0,4% em fevereiro de 2021, porém o crescimento foi menos intenso do que o registrado nos demais cinco meses seguidos de taxas positivas. Vale ressaltar que fevereiro de 2021 (18 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior.
Nessa comparação, os resultados foram positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, e em 17 dos 26 ramos de atividades. As principais influências no total da indústria foram registradas por máquinas e equipamentos (18,5%), produtos de metal (10,6%), produtos de minerais não-metálicos (9,7%) e outros produtos químicos (8,1%).
O estudo revela que, entre as grandes categorias, a de bens de capital (16,1%) assinalou, em fevereiro, o avanço mais acentuado em relação a fevereiro de 2020. O segmento de bens intermediários (0,5%) também mostrou crescimento acima da média da indústria (0,4%). Por outro lado, os setores produtores de bens de consumo duráveis (-8,4%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-1,6%) registraram taxas negativas.