O Custo Unitário Básico (CUB) global da indústria da construção do Estado de São Paulo, nas obras não incluídas na desoneração da folha de pagamentos, registrou elevação de 2,23% em maio. Com isso, acumula alta de 7,80% no ano. Na comparação em 12 meses, o aumento é ainda maior: 15,53%. Os dados são do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) e da Fundação Getulio Vargas (FGV). O CUB é o índice oficial que reflete a variação dos custos das construtoras, utilizado na atualização financeira dos contratos de obras.
No mês, a alta nos custos com material de construção foi de 2,06% em comparação a abril, acumulando aumento expressivo de 32,06% em 12 meses e de 16,16% em 2021. Nesse contexto, a elevação dos custos médios das construtoras com administrativo (salário dos engenheiros) foi de 2,27% e com mão de obra, 2,36%. Enquanto isso, as variações em 12 meses foram respectivamente: 3,93% e 6,12%.
Odair Senra, presidente do SindusCon-SP, explica que a variação do CUB em maio refletiu a alta dos preços do material de construção e o reajuste salarial de convenções coletivas de trabalho assinadas no mês passado. “A maior preocupação continua sendo a onerosidade excessiva dos materiais que, embora tenha sofrido desaceleração em seu ritmo de alta, continua prejudicando as construtoras e desequilibrando seus contratos de fornecimento de obras públicas e privadas”, afirma.
Já nas obras incluídas na desoneração da folha de pagamentos, o CUB registrou elevação de 2,21% em maio, comparado a abril. Em 12 meses, a variação foi de 16,36% e no ano, 8,18%.
No mês, a alta dos custos médios das construtoras com administrativo (salários dos engenheiros) foi de 2,27%, enquanto os custos com mão de obra elevaram-se em 2,33% e com material, 2,06%.
Fonte: Revista Anamaco